por Andréa Pontes
Tempo é para não ter pressa Fonte: Bombombooks
Que semana. Nem parece fim de ano. Fim. É o eterno retorno, de Nietzsche.
É tudo tão rápido, tão intenso.
É melhor se acostumar. A velocidade é modo turbo. E é prudente não se distrair. Já dizia uma chefe, hoje amiga, “o problema é quando você pensa que já sabe tudo”.
O legal é o silêncio. Observar mais, falar menos. Ouvir muito. Quem é geminiano, sabe que é uma tarefa árdua. Mas, é necessária. Escrever ajuda a organizar as ideias. E a esvaziar a mente.
Ontem, ouvi uma alusão ao tempo interessante. Nem todo mundo pegou a época de pagar as contas no banco. Eu peguei. Passávamos, minimamente, uma hora ou mais dentro de uma agência bancária. Hoje, tudo é digital, rápido, em segundos. E o que fizemos com essa hora que ganhamos? A gente inventou outras coisas para fazer e estamos cada vez menos sem tempo.
Não faz sentido algum.
E o tempo é uma das poucas certezas nessa vida. Ele passa. E rápido. O minuto que foi não volta mais.
E o que fazemos com essa informação? Não fiquemos mais ansiosos.
Apenas, vamos viver.
Respirando fundo, bebendo água, movimentando o corpo. Por mais que tenhamos virado polvos-humanos, com vários braços, ou um computador, com várias telas de temas diferentes na cabeça, ainda podemos estar mais presentes. Abraçar e beijar mais. Sorrir. Apreciar o céu.
Do contrário, vamos acumular tarefas, ficar sem ar por não dar conta. Quando, na verdade, o natural é não dar conta. E priorizar o que importa.
O duro é que corremos em uma direção e, à medida que ficamos mais velhos, a gente vê que a direção não era bem essa.
Se o pulso ainda pulsa, ainda há tempo.
Ainda há vida. E música. E respiração. E filmes. E novelas. E passeios.
E…