por Andréa Pontes
Mais pessoas, mais luz, menos incoerência (Fonte: IA)
As manchetes não poderiam estar melhores. A Confiança da indústria está aumentando. Nunca se viu tanta gente em shopping centers e hotéis – Copacabana que o diga. O setor varejista comemora uma alta de 12,2% nas vendas, comparadas a 2023. Os brasileiros estão otimistas, de acordo com a Federação dos Bancos, a Febraban. Motivo: mais empregos, mais renda. Nesse processo, 22,4 milhões de brasileiros saíram da insegurança alimentar grave. A Organização das Nações Unidas confirma que o País está bem perto de deixar o Mapa da Fome. O setor automotivo obteve o melhor semestre da última década, com geração de 100 mil empregos.
Isso tudo aí veio do noticiário. Ou seja, foi um 2024 de quebrar barreiras e barreiras. Se formos comparar Brasil e Argentina, as diferenças são abissais. A miséria e o desemprego são os maiores da história argentina. Porém, o que se viu também no noticiário foi a questão ambiental. Levantamento do MapBiomas revela que 30 milhões de hectares foram queimados no Brasil, em 2024. Equivale ao território do Rio Grande do Sul. Onde há fogo, há crime. Onde há crime, há interesse. E a política vem sendo aquecida com as eleições. Repare na pesquisa sobre a popularidade de Janja Silva. Nunca se viu antes pesquisas sobre primeira-dama. Repare na cotação do dólar. São indicadores da discussão para as bases das eleições presidenciais.
Em meio às festas natalinas, infelizmente tradições se confirmam. A tragédia da ponte, que caiu, entre Maranhão e Tocantins. Com requinte da crueldade de um caminhão que transportava ácido sulfúrico, para as buscas no Rio Tocantins ficarem mais difíceis. Um acidente igualmente trágico em Minas Gerais, com 41 mortes. Um avião com 10 pessoas caindo em Gramado, cidade do Natal Luz e da esperança de um Rio Grande do Sul se reerguendo após as fortes chuvas do começo do ano. E, para completar, uma jovem de menos de 30 anos, a caminho da Ceia de Natal, sendo atingida por policiais rodoviários, em uma ação impassível de ser explicada.
É momento de balanço, mas, sobretudo, de tendências. A Ipsos divulgou as projeções para 2025 (aqui). Por um lado, aumento da confiança na economia; do outro, ansiedade ainda por indicadores de violência mais justos. Embora ainda seja identificado conservadorismo, temos uma Geração Z mostrando mais orgulho na diversidade. Assim, ao final do dia, temos cidadãos mais exigentes e atentos, passando menos pano de quem não pratica o que fala.
Mais coerência e menos desigualdades. É o que esperamos.
E isso serve para nós mesmos. Mais simplicidade, menos brigas pelo que não vale a pena. Mais atenção às informações (fontes, interesses).
Mais vida, please.