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diarinho mano-de-céu, sério?

101 quarteirões

Num blogue secreto, numa vida que nunca será, com palavras que não existem e trilha sonora sem instrumentos, você me chama por um apelido olvidado e eu morro um tanto mais rápido do que o recomendável e um pouquinho menos do que gostaria.

Diarinho do dia 18 de setembro de 2021

diarinho de Gibraltar

As muitas coisas acontecendo, o cara que – em cinco anos – jamais escondeu quem é, a conta que chega a toda hora, o tiro, o bairro de cento e um quarteirões, a cena de O poderoso chefão, as coisas que definitivamente não dissemos, eu esperando no carro, três batidas curtas – espera – duas batidas curtas, a babaquice travestida de aulinha de moral, o pacto federativo, a coisa mais pesada de que todos precisamos, um taxista nazista (São Paulo nunca me decepciona), as consequências que aguentamos – ou não, o helicóptero, a vaca, a ideia, o rochedo de Gibraltar, o tudo que eu estraguei, as muitas coisas que precisamos mudar urgentemente, os azulejos da cozinha, uma vez só nessa vida, o discurso vazio, o Martin Short, a transferência, as senhas esquecidas, o macacão azul e mostarda, a frase de Sabino marcada a ferro em minhas costas, a atração pelo abismo, um estojo de florzinhas, o interminável texto sobre o filme Logan, o lance que deve ser adiado, seus olhos estranhos, seus olhos estranhos, seus olhos estranhos.

Diarinho de 05 de setembro de 2021

Da volta

 Às vezes você volta. Não para mim, claro que não, mas volta. Um oi na rede social, uma resposta de e-mail que não era para mim – só faço parte do mesmo grupo – um esbarrão numa festa – sem convite. De vez em quando você volta e tudo sai do lugar e meu nariz sangra e a vida vira um samba-canção. A minha vida, não a sua.

capota

 Ninguém pode ser o que você quer que ele ou ela seja, ou precisa. As pessoas são o que são. Talvez se encaixem. Talvez não. Talvez você se encaixe. Talvez seja tudo uma grande besteira. Talvez o emprego apareça ou as suas cutículas parem de doer ou ele ligue duas, três vezes por semana só para saber como você está. Talvez você aceite migalhas. Talvez você finalmente entenda aquele livro estranho, talvez um filme com o Kevin Kline salve você, talvez você se dê conta de coisas muito apavorantes durante uma madrugada muito triste. Talvez a sua alergia misteriosa se manifeste mais violenta do que nunca. Talvez você acabe bebendo vinho rose numa taça linda ou ouvindo jazz num carro sem capota com o Miltão ou num consultório médico recebendo notícias horríveis. Talvez haja um fim. Talvez não.

diarinho do eu sempre soube, né

Daí, enquanto eu falava com elas me ocorreu o óbvio, o tonto, o evidente, o idiotamente clichê: amizade existe ou não. Às vezes está lá você gastando sua melhor literatura com gente não sabe patavina de você, que não quer saber coisa alguma de você, que liga uma vez cada morte de papa para falar de si mesma, que nunca, nunca mesmo, tem um gesto na sua direção e, no fim, suas amigas é que tão ali. Ali. Sabem de você, gostam dos seus desenhos bobos, desejam o melhor a você, riem das suas piadas bestonas e acham o seu cabelo bonito, ainda que ele não seja.

diarinho desatento

A arte que, pelo que afirma o cartaz luminoso, muda tudo. Gatos na esteira. Uma ilha feita para nós. Ou, pelo menos, para uma ideia de. A republicação do meu mar, meu afogamento. Cerveja e cigarro para a Nepomuceno, diva para o D., o que explica tanta coisa. A tradução caetana de Maiakovski (lembrei-me da haroldiana, sabe Deus se D. gosta desta); comidas estranhas. Polaróide e café. As fotografias que D. deseja colher. Bichinhos. Fantasmas. Um recado que não é para mim. Urso. Michelle Blade. Tarkovski e o fogo e um cartaz. Ofélias para a querida. Viagem de ventania. Viagem de ventania. O que procuramos e não encontramos. Definitivas minúsculas.

Diarinho de 26 de julho de 2021

Vem cá, meu bem

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Águas Passadas