por Andréa P.
Capa, páginas, uma delicadeza o outro presente de um domingo inesquecível (foto de A.P.)
O Brasil não é para amadores. Essa semana, então, fora da curva.
O brasileiro Danilo Cavalcante mobilizou centenas de policiais na Pensilvânia, EUA. As imagens da fuga do presídio, ao estilo “Homem-Aranha”, ganharam o mundo. O Supremo Tribunal Federal deu lugar a uma confusão entre príncipes. Entendedores entenderão. Uma mulher fez um quiz – isso mesmo que você leu – para identificar se estava falando com um parente ou com um ladrão – uma nova metodologia para combater golpes virtuais. Temos.
Mas, o Brasil traz cirurgias bem realizadas também. Digo, por experiência própria, que acompanhar alguém que passa por algum procedimento médico não é fácil. A segunda-feira, 11 de setembro, para mim, irá além da lembrança das torres gêmeas. Foi o café mais longo que já tomei. Das 6h30 às 8h. Enfim, o telefone toca. “Correu tudo bem”. Nunca três palavras foram tão aguardadas.
E nunca palavras de incentivo, de afeto, de acolhimento são demais. Nessas horas, todas elas ajudam. Amigos e anjos que rezam, mesmo sem ter o hábito de rezar, por você e os seus. Anjos que tomam conta do filho e do cachorro, para você cuidar do marido. Anjos esses que também têm filhos, afazeres, que topam serviço extra para te ajudar e dar uma vida melhor à família. Anjos profissionais, que apoiam sua família. Que te seguram a mão e trazem o insight de que aquela busca por aprovação, afinal, terminou.
O país também tem um motorista de táxi, que todos os dias leva o cunhado para fazer uma radioterapia. Tumor cerebral em um pai de dois filhos, gêmeos, de apenas oito anos de idade. O Brasil também tem uma motorista de aplicativo, que foi casada por 23 anos. Hoje, cria as duas filhas dignamente, saindo de casa às nove da manhã e voltando às nove da noite. Mulher porreta. Temos também um enfermeiro, doce, muito doce. Capaz de conciliar opiniões entre casais, de ser útil e servir de forma tão delicada, que você quer levá-lo para casa.
“O Brasil é um país fantástico”, diz Fal Azevedo.
Ele é. Mesmo.