Você me perguntou como tenho sobrevivido aos dias e eu lhe falei sobre: álcool e respiração pela barriga e palavras no papel e dentes trincados. Não lhe falei sobre: você. Sobrevivo aos dias pensando sobre você. Em você. Nos seus olhos esquisitos, sua respiração, sua voz que é quase um sussurro, sua péssima memória. Tudo. Sobrevivo porque você existe e tenho seu rosto em minha tela todos os minutos do dia.
Fal, amiga, cê vai me matar desse jeito, escrevendo posts que eu quero compartilhar mas não posso, não vou, não posso, não devo. Ai.
Ai, amor. não podemos.