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Diário de um mundo que acabou: trabalho para o Paulo, enxaqueca das estrelas, asilo, viscose estampada, eu nunca cozinhei para você

No grupo de mulheres absolutamente lindas e chiques do qual participo atuando como um mascote esquisito, informam que a Alemanha proibiu entrada de brasileiros por lá, pelo menos até 17 de fevereiro. Achei foi pouco. Brasileiros têm de ser proibidos em todos os lugares, até no Brasil. Principalmente no Brasil. Como um filme de apocalipse de quinta categoria, os brasileiros sobreviventes seriam postos num navio sem autorização para atracar em qualquer lugar que fosse. E os que pulassem ao mar seriam arpoados por mercenários a soldo do Greenpeace.

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Vendo um filme bobo, me dei conta de que nunca cozinhei para você. Sequer uma vez. E dei uma fungadela, como se nunca ter cozinhado para você fosse um problema de verdade. Como se você, por um segundo que fosse, se importasse. Vai ser ridícula assim nem sei onde, minha querida.

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Sobre a sua égide”. Domingo à noite. Paro de trabalhar para roubar suco. É bem feito para mim. Eu mereço mesmo ouvir um ministro imbecil, mais um ministro imbecil deste governo. Imbecil.

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Se tem uma cousa que The walking dead nos ensinou é que se ocasião houver para matar o vilão, MATA LOGO ESSA CARALHA, PELAMORDEDEUS.

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Tenho certeza de que no Manual Geral do Comitê Internacional de Doenças Mentais Galopantes e Sem Cura tem todo um capítulo dedicado às pessoas viciadíssimas em comprar tecido.

Minha Santa Regislaine do Manequim 56, livrai-nos da Viscose Estampada Em Promoção, amém,

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Quando o Drexler canta dame una noche de asilo ele quer só me fazer chorar (afinal de contas, só eu e meu coração em carne viva importamos) ou o quê?

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Tenho que enviar trabalho para o Paulo e sou a mais atrasada pessoa da face da terra: a) sim b) sim com certeza c) sim, absolutamente ou d) sim e o Paulão vai parar de falar comigo?

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Houve um gênio nesta Terra que juntou o queijo e a goiabada em apenas um pacotinho de amor e elevamos nossas mentes e corações em seu nome. A sua vida foi digna, meu camarada, minha camarada.

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A pessoa que toma sopa no café da manhã vendo o noticiário da tia Alzirinha com Maliu, não quer guerra com quase ninguém.

4 comentários em “Diário de um mundo que acabou: trabalho para o Paulo, enxaqueca das estrelas, asilo, viscose estampada, eu nunca cozinhei para você”

  1. Eu não tenho sopa pro café da manhã. Acordei cedo demais, reguei as florzinhas que talvez não morram na minha mão, vi vídeo fofinho das três sobrinhas, ouvi a chuva no áudio da minha mãe, li o blog da Fal. Como é muito improvável que qualquer coisa melhor do que essas aconteçam no resto do dia, estou pensando seriamente em fazer de conta que não tenho mi coisas pra fazer, voltar pra cama e ficar alternando cochilos desconfortáveis com pranto intermitente.

    1. Conte comigo prum sono perturbado, choro intermitente e vontade de morrer de calor. Só não estou no escuro chorando agorinha pq entrego um trabalho enorme na segunda-feira. Mas olha. Que vontade de chorar.

  2. Ah, Fal, eu bem que gostaria de poder contribuir com os mercenários. Felizmente a minha índole falsamente zen transfere a minha atenção para coisas mais importantes. O que me obriga a anotar para não esquecer de comprar goiabada na segunda-feira.

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