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Sorrindo pela vida: o que o brasileiro faz de melhor

por Andréa Pontes

Giovani, junto com colegas, e o cartaz do Dia Mundial de Conscientização do Autismo

Há semanas que nos atropelam de um jeito. A idade chega para todos e a colunista que vos fala não é exceção. Coluna, por sinal, tem sido a questão, além de um tornozelo que amavelmente o chamo de “desligado”, devido a uma lesão ligamentar. Dito isso, vamos à coluna da semana – que tentarei compensar pela falta da anterior.

É repetitivo, mas o Brasil não pode ser enquadrado em qualquer prateleira. A semana vem de uma prisão esperada – mas ainda com lacunas – de quem mandou matar a vereadora Marielle Franco, há seis anos. Mexeu com o noticiário, tirou muitos jornalistas da cama, da folga. E escancarou uma ferida da desigualdade social. O Rio de Janeiro, apesar de parecer, não está sozinho. A pobreza e ausência do Estado são pratos cheios para o crime organizado. Que, ao contrário das instituições, foi se estruturando de uma forma que, atualmente, a bandidagem está com tentáculos em áreas que sequer imaginamos. No caso das comunidades, domina negócios, saúde e por aí vai.  Como diria minha avó, ‘cabeça vazia, oficina do coisa ruim’; lugar com diferenças sociais e ausências do básico são territórios do crime. A questão é que o filme Tropa de Elite não é pura ficção, é baseado em fatos. E o sistema, parceiro, como diria o personagem Capitão Nascimento, é …. exatamente isso o que você pensou.

No lado econômico, temos um País avançando. O Ministro Hadad torce para os juros caírem a 9% até o final de 2024. Do ponto de vista político, em ano de eleições municipais, é pouco. Já para o mercado, vai bem se considerarmos que estávamos acima dos dois dígitos. O Banco Central precisou dar uma segurada no dólar – a moeda americana fecha por volta de R$5. Como se faz: O Banco Central vende dólar ao mercado. Mais oferta, preço equilibra.

Os alimentos devem baixar de preço. Isso também deve conter a alta da inflação dos serviços.  Campos Neto, o presidente do Banco Central, começa a desenhar a saída e quem virá em seu lugar. A posição é deveras estratégica, é dali que se dá o tom de relacionamento entre mercado e governo. E isso é crucial. Quanto melhor o relacionamento, quanto mais equilibrado, mais todos ficam mais satisfeitos e menos contrariados. Gente feliz não prejudica ninguém. E não queremos o mercado infeliz.

Na verdade, queremos o que a Pitel, recém-saída do Big Brother Brasil, quer. Trabalha desde os 13 anos de idade. Foi a primeira da família a se formar na faculdade. O sonho dela: dar uma casa própria à ‘mainha’, pensar em si mesma, talvez pela primeira vez na vida, em vez de ajudar no que pode para sobreviver como não se deve. A exemplo também da Bia, que já ganhou R$ 15 mil no programa e não sabe por onde começar para ajudar familiares. Ou o Davi, que quer ser doutor. Os três, sorrindo, sempre.

O Brasil do Brasil.

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