por Andréa Pontes
essa daí trabalha… ah, se os problemas pudessem ser lavados e centrifugados…. (foto A.P.)
Reoneração da folha. É a expressão do momento na nuvem de palavras do setor político e econômico do País. Mas, afinal, o que significa? É voltar à cobrança de impostos. Além disso, é limitar as compensações tributárias – impostos que não seriam recolhidos futuramente para equilibrar os valores de impostos já pagos em anos anteriores de forma indevida, desde que reconhecidos pela Justiça. Há também modificações no Perse – Programa Emergencial e Retomada do Setor de Eventos. Na pandemia, esse setor foi duramente afetado e houve iniciativas para beneficiar a área cultural. Esse Programa é previsto até 2026.
Os setores estão chiando. Há um grupo, o Movimento Desonera Brasil, fazendo pressão no Congresso para que essas medidas não sigam em frente. Entre eles, áreas de tecnologia, construção civil, comunicação, transporte público, têxteis, couro, calçados, call center. O Ministro da Fazenda Fernando Hadad, está em costuras políticas com Artur Lira, da Câmara dos Deputados, e Rodrigo Pacheco, do Senado.
É como se você fosse a um restaurante com vários amigos. Todos comem e bebem. Mas, no final, começa uma briga, pois um quer pagar menos, outro não quer pagar, cada um com seus argumentos. Eu, você e os demais brasileiros somos o pessoal do restaurante, que fica apreensivo. Pois, se a conta não fechar, não tem como tocar o negócio.
Enquanto isso, há gente brilhando. Apesar de tudo isso e muito mais. A Marta, nossa musa do futebol, ganhou um prêmio no nome dela. Para que outras Martas despontem pelo planeta. As brabas da seleção do Rio de Janeiro ganharam a Taça das Favelas. A Beatriz de Melo Gonçalves ganhou medalha de bronze, na categoria do quinto e do sexto ano, em uma competição mundial em Londres. A Bia foi a única estudante de escola pública na equipe brasileira. De se orgulhar.
É aí que a gente esquece, por minutos, de homem que ainda critica o corpo de mulheres e outras bobagens que a humanidade ainda pratica por aí.
Sem tempo, irmão. Apenas (apenas) melhorem.