por Andréa Pontes
Boa notícia. Inflação dentro da meta – 4,68% nos últimos 12 meses. Com isso, deve-se chegar, hoje, aos 11,75% de juros – no aguardo do anúncio do Banco Central. No prato e na cozinha, cebola, batata e carne subiram, embora os próprios aumentos dos preços tenham sido abaixo do esperado. É uma época de mais calor, mais chuvas, a oferta fica menor, o preço sobe. Assim é a matemática do mercado. Mas, sem surpresas – que adoro repetir. O verbo surpreender tem sido felizmente conjugado a nosso favor. Os preços dos combustíveis – gasolina, etanol – mais baixos. A Black Friday traz bons frutos, com preços também menores para compra de aparelhos de tevê, computadores e perfumes. O que subiu, além de alguns alimentos: passagens aéreas. Pense em uma média de desembolso de R$ 750. Uma ponte-aérea, ida e volta, entre Rio e São Paulo, equivale hoje a R$ 5 mil.
O que não é tão bom. Onda de calor à vista. Significa que nós, seres humanos, que pagamos aluguel para viver no planeta Terra (alguém já viu leão, macaco, papagaio pagarem aluguel?), somos péssimos inquilinos. Recebi a dica do meme em um almoço de trabalho e considero justa a publicação😊.
Aliás, nunca foi tão importante se espiritualizar. Rezar, ter fé, buscar entender melhor o que é essa felicidade. A humanidade anda com uma venda nos olhos e não está enxergando o básico – como sobreviver, por exemplo. Dois estudos da revista Science reúnem o trabalho de 54 cientistas e são categóricos: a ação do homem na Amazônia é centenas de vezes mais rápida e devastadora do que os fenômenos naturais climáticos. Precisamos urgentemente tomar jeito.
Em nosso país vizinho, a Argentina, as novas medidas econômicas. Os subsídios para energia elétrica e transportes diminuem – a ver como os argentinos vão reagir. A moeda está desvalorizada em mais de 50% frente ao dólar – algo que já vinha mesmo nessa ladeira abaixo. E suspendeu obras públicas e licitações – corte de gastos, a ver nos médio e longo prazos a infraestrutura naquele país.
Faltam 18 dias para terminar 2023. Não sei de você, mas, a cada dia, o mundo parece acabar em compromissos, metas, tarefas, intermediado entre excessos. De e-mails, de mensagens, de cansaço pós 12 meses.
Será que vamos encontrar um minutinho para nós mesmos?
Calma, que em 2024 começa tudo de novo. Mais quente, mais temporais e, logicamente, mais falta de energia elétrica em São Paulo…