por Andréa Pontes
uma imagem pra refrescar
Respira. Ar pesado. Fumaça. Vida louca.
Não é de hoje que comento que a Terra age conosco na base do ultimato. Ou a gente muda, ou a gente sai do planeta, definitivamente.
Há momentos que parecem não ter fim. Mal sabemos como damos conta. E, às vezes, não damos. E esquecemos de contar a nós mesmos. Está tudo bem.
Há o outro. E temos nós. Nos estranhamos. O tempo todo. A vida passa. É trem-bala. É preciso saber viver. A grande questão é que nos distraímos. Os perrengues. O noticiário. Ah, o noticiário, que nos faz acordar com influenciadores em prisão e nos faz dormir sem saber se a Ludmilla vai cantar no Rock in Rio.
A gente se ocupa demais com o que não dá certo. É verdade, que o não dar certo capricha. Outro dia, comentei com a Fal que a vida parece um trator desgovernado com Mercúrio surtado ao volante.
Então, há aquele momento na vida que é preciso parar. Simplesmente. Descansar. Dizer não para a rotina. Dizer sim ao que não mencionamos faz tempo.
Assim é a vida. Assim deveríamos ser nós. Mais leves. No entanto, andamos esfumaçados, pesados, irrespiráveis, esquisitos.
Respira. Liga o ventilador. Enche a bacia e o copo de água.
Mesmo que o mundo nos diga que está tudo certo para o fim dele.
Mesmo sendo sexta, 13.
Há de passar.