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Pedra bruta: Momentos básicos

por Andréa Pontes

Uma porção de felicidade

As águas voltaram. Em meio a esse tempo seco, a hidroginástica é uma terapia a mais no pé, que insiste em inchar. Já me conformei, o caminho é longo. E há momentos que simplesmente é isso aí. Cair, aceitar e rumar tudo novamente. Nem sempre tudo, porque recomeços dão de brinde novas opções. Nem sempre – quase sempre – é o não planejado, mas é preciso continuar.

Outro dia, redescobri o ‘Clube da Esquina’, com o ‘girassol do seu cabelo’ ou ‘o sol na cabeça’. Uma poesia perfeita, um acorde sem igual. Os irmãos Lô, Márcio, Telo, o Milton, ah, o Milton…. ‘o gás lacrimogênio deixa os homens calmos, calmos’. Por vezes, as notícias de fome, da guerra, da corrupção chegando às raias da burrice impune nos deixam calmos, de tão atônitos.

A energia quase zera em pensar que há um segundo semestre pela frente. E o ano que virá? A sobrevivência está nos momentos – as risadas soltas em rodas de conforto; o café com açúcar, o céu laranja da janela do escritório; o doce de leite de Gonçalves (MG). A água morna da piscina.

O básico.

O básico que precisamos. Gastar menos, consumir menos, repensar o lixo, o clima, reconhecer nossas responsabilidades. Sim, o clima está seco, sim, temos incêndio, temos enchente. Somos nós.

‘E lá se vai…. mais um dia’, Lô e Milton cantam para mim.

1 comentário em “Pedra bruta: Momentos básicos”

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