por Andréa Pontes
Yufi de olho em 2025
Não, não é desabafo. Já passei da idade para acreditar que uma vida se encerra em um ano e começa outra vida no seguinte. Nos 50+, a gente já sabe que janeiro é o mês da culpa do cartão de crédito, do IPTU, do IPVA, do material escolar…
O fato é que as famosas tendências já povoam o nosso noticiário. E, de fato, é importante a gente estar antenada. Não só no último trimestre. Sempre, aliás. Estar no presente é o segredo que economiza as sessões de terapia. Mas, vai você exercitar estar presente o tempo todo, 24 horas? Difícil. Mas, é importante. A ansiedade está aí, entre os trend topics das doenças mentais, mostrando no que dá ficar preocupado com o amanhã o tempo todo.
Se eu hoje fosse dizer uma palavra para quem quer sobreviver futuramente, diria: “humanidade”. Não só porque a Fernanda Montenegro e aquela criança inteligentíssima repetiram em um anúncio. Mas, porque, o que vem por aí precisa muito de nós. Seres humanos.
Inteligência Artificial. Questões Climáticas (se 2024 vai ser o ano mais quente, imaginem os próximos). Riscos. Guerras. Polarização. E uma vida diante de telas, que nos deixam agitados, ansiosos, atormentados com Zé Love sendo eliminado de A Fazenda e, ao mesmo tempo, com crianças não podendo repetir o prato nas escolas públicas de São Paulo.
Está faltando a gente.
Para lidar com um mundo de robôs; de botões e QR Code; de uma identidade que está em nuvens tecnológicas, precisamos ser mais humanos. Olhos nos olhos, longe das telas, gente, gentilezas, conversas.
Não se distraia com as Ceias de Natal e de Ano Novo. Melhor, distraia-se, treine a humanidade.
Anda em falta.