por Andréa Pontes
Um convite para voltar a ser criança
Crédito: Divulgação – Outlet Premium Imigrantes
Há coisas que não mudam; podem chamar do que quiserem, pode ser etarismo, pode dizer que é antigo. Não mudam. Há coisas boas que não mudam. Há coisas que mudam para melhor. E há o que piora.
Quando eu vejo discussões sobre quem traiu quem nas redes sociais, intermediado por advogados e colunistas de fofocas, realmente tenho saudades quando o Caetano apenas estacionava o carro no Leblon ou o Chico Buarque ia comprar pão.
Até onde a vida particular exposta vale? O que se entende por reputação? O que as marcas procuram? Eis a questão. E se os influenciadores falassem o que pensam? E será que falam?
Temos Elon Musk entre discursos e memes; temos o Porsche no noticiário; a namorada do motorista diz que ele não bebeu; o amigo, na UTI jura que ele bebeu. Os meios jurídicos e os valores morais misturados.
Somos filtros de milhões de dados; não somos computadores, somos seres humanos. Onde fica a saúde mental? A minha está no futebol e na Superliga. As cortadas, os saques ‘ace’, as defesas espetaculares. Os gols de virada, as goleadas em exagero, as discussões dos palpiteiros.
No pasa nada.
É preciso calibrar freios, equilibrar os chacras, fazer e procurar o que gosta. Fugir para as colinas de filmes Sessão Da Tarde, remakes de novelas, finais felizes. A gente precisa demais disso.
Amanhã, começa o Campeonato Brasileiro. E cada dia, um dia. Nunca se sabe quando vamos acordar com sobressaltos na tevê.
O que não muda: acordar todos os dias e buscar ser feliz.