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Maysa

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Eu deixei alguém entrar. Burra, imperdoavelmente burra. Quase amadora. Deixei.

Eu tinha mesmo aprendido: não deixe ninguém entrar. Nunca mais. Fiz um acordo comigo e sabia que esse era o trato. Mantive? Não.

Não deveria ter feito isso, sei que não, como não saberia depois de tudo aquilo. Mas deixei porque carente, porque tola, porque burra, porque boba. Deixei.

O alguém que deixei entrar, claro, entrou, deu uma volta, passou a ponta dos dedos para verificar se tinha pó, criticou o estado das almofadas e, é claro, se foi.

Não tenho cabeça, não dou conta, não consigo entregar. Evidentemente.

Não mais forças, já que falamos das coisas que não damos conta, para fazer luto pelo que não tive. Por quem não me quer.

Deixei alguém entrar. Carente, burra, amadora.

A canção me manda aprender a levantar. Vou ficar devendo. De novo.

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