Segunda-feira. Li um texto novo do Paulo. O que me fez pensar a respeito de o que quero da minha vida de agora em diante. Para depois ouvir a resposta em meu peito: nada.
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O Max leu meu texto hoje e me perguntou porque a personagem continua viva. O que a faz viver, Fal, dia após dia. Ela tem uma missão? Ela tem esperança? Ela tem um amor, um filho, uma causa? Não sei explicar a verdade para o Max porque eu mesma a desconheço. Ela está viva. Ela está. Sem causa, sem um Yoda, sem horizonte, sem artigos dez dicas para terminar seu livro. É o livro mais dífícil que já escrevi na vida. Choro enquanto escrevo e falo sozinha (mais do que de hábito). Não posso parar, assim como a minha narradora continua viva, porque sim. Eu e minhas respostas de adulto. Sei disso.