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Guerra e mercado: questão de olhos fechados

por Andréa Pontes

Foto: brasileiros no primeiro voo de volta ao Brasil em operação recorde

Os investidores andam ignorando os sinais. O dólar está operando em queda, mesmo com o conflito entre Israel e Hamas – juntando-se a mais um conflito no mundo, além da guerra entre Ucrânia e Rússia. Enquanto bombas caem e cenas de horror insistem em nos rodear, o mercado segue o Banco Central dos EUA, que recuou nas declarações e agora não dá tão como certa a alta de juros por lá.

Já o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) não ignora nada. A alta acumulada no preço da gasolina (média de 16%) puxou a alta da inflação em 0,16% – mais do que previsto, pelos impactos diretos em logística e preço do frete. A inflação nos últimos 12 meses é de 5,19%. Não é o teto que o Banco Central quer.  Antes mesmo da alta do combustível, representantes da instituição já apontavam cautela na queda dos juros, pela questão internacional no momento.

A guerra é sempre absurda. E ela geralmente é fruto de fatos, ao longo de anos, ignorados. Terrorismo é terrorismo, não há o que discutir. Oprimir, excluir e deixar à margem também é uma calamidade. Palestinos sofrem há muito tempo – agora, ainda muito mais. Ao mesmo tempo, inimaginável viver com bunkers em uma espécie de rotina normal em Israel, em ter que proteger o céu com o domo de ferro. As futuras gerações ficarão com qual sentimento? Essas feridas abertas agora explodem e deixam o mundo atônito. E, como temos a tecnologia, assistimos ao horror dos horrores em tempo real. Cenas impossíveis de serem apagadas.

Não é momento de extremos. E o combate à desinformação é fundamental. Por isso, recomendo, aqui, o artigo do Thomas Friedman, do New York Times. Thomas é um especialista e acompanha o tema com profundidade.

Guerra não tem lado certo. A paz, o caminho do meio, do equilíbrio, é o que realmente protege quem não pediu nada disso.

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