Donato, por mim, seria o Imperador da Porra Toda
O Bento hoje me ensinou que, em 146 a.C.,as coisas mudaram.
Roma voltou seus olhinhos cobiçosos para a Grécia e tomou Corinto. A gente manja o rolê: cavalos, navios, rapazes motivados e a promessa dum império brilhando como nunca depois de encher Cartago de porrada.
Roma, em Corinto, não fez o de sempre – matar líderes, matar quem tivesse de matar e, pro resto, estender a mão. Cês querem ser do nosso bonde? Claro que queremos, Roma.
Roma agia como age o amor, né, primeiro destruía, arrasava e queimava, depois convidava a ser ser cidadão, a ser parte da turma, a ser Roma.
Ao conquistar Corinto, porém, Roma agiu como em Cartago: arrasou a cidade e matou todo mundo. Ponto.
Ao mesmo tempo, dizer que não sobrou Corinto em lugar algum é ingenuidade: também como o amor, Corinto alterou Roma para sempre, vivendo nela para sempre. Destruída, Corinto fez com que Roma mudasse – conseguir o que desejamos altera o objeto do desejo, mas também a nós mesmos, mas também ao desejo.
Tomar Corinto engrandeceu Roma, tomar Corinto transformou Roma nalgo que não era mais Roma e que, para sempre, foi Roma.
Evidentemente liberei o Bento sete minutos mais cedo. Tamos aqui pra estudar inglês, não pra ficar escarafunchando meus ais, menino.
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