por Andréa Pontes
O Natal do nosso jeito
O Brasil não para. Nem a vida. Em um único dia, passeamos por Araraquara. Taylor Swift, confusão no Brasil x Argentina e Israel – tudo isso vira tema. Sogro, genro, todos vão parar no trend topics. E, assim, vamos vendo a comunicação mudando e mudando. Nada é eterno, nem nós. Nada é imutável. Nem o Campeonato Brasileiro de Futebol – entendedores entenderão.
O fato é que precisamos buscar a transformação. A adaptabilidade a novos formatos. E podemos e devemos encarar o passado para ter novo futuro. Não nos conformar com o de sempre. O pra sempre, sempre acaba, já cantava nossa imortal Cássia Eller. Espaço é bom e a gente gosta. Precisamos de espaço.
Nesse fim de novembro, é um bom momento para iniciar um balanço. O que foi que deu certo, o que não deu – e concluir que ambas são a sua vida. O que não funcionou, para você, mas que foi um livramento depois. Então, fez todo sentido. O dar errado é meio injustiçado, porque ele dói. O que deu certo – se foi devidamente celebrado. E como é importante comemorar.
Deise estuda Medicina em Buenos Aires. Faltam dois anos para se formar. Mulher, preta, nordestina. Foi estudar o que queria. No meio do curso, os pais passaram por dificuldades financeiras. Foi o momento que Deise encontrou meios de sobreviver. Hoje, ela tem uma empresa que recebe turistas brasileiros, ajudam em dicas, passeios, e até no câmbio oscilante argentino.
É assim que deixamos de nos conformar. Que crescemos. Avançamos. Sobretudo, vivemos. Nas dores, nos apertos. Quando dói, mesmo, a gente tem que se acolher e se recolher. Respirar, dar-se um tempo.
A vida é um vai e vem.
É a vida desse meu lugar, na voz de Maria Rita.
É a vida.
“Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
A vida não para”
As vezes é a gente que tem que parar um pouco para olhar para o gato dormindo, para depois descobrir que o gato dormindo também faz parte da vida que não para.
Sua linda!