por Andréa Pontes
O sol vai nascer de novo (foto de Andréa Pontes)
Um fim de semana sem compromissos firmados é um oásis. No caso dos pobres mortais, é para lavar a roupa, passar o aspirador pra não acumular pó, é cozinhar, resolver óculos que, ou empenaram dentro da bolsa ou o cachorro resolveu roer, mesmo. É oportuno encontrar-se com Deus. Sentir dor não devia estar no script. Gente infeliz também não. Aí, temos um momentinho pra aliviar. Um café coado – como é bom – um croque-monsieur. A vida parece simples nessas horas. Vem o domingo, a tentativa de um parque cai por terra – nove entre dez paulistanos tiveram a mesma ideia. O jeito é ir ao hortifruti e aproveitar o tempo – para lavar mais roupa. Fazer o macarrão com bife à milanesa que o filho sempre pede. Vem um sono, o quadril reclama – não, não temos mais dezoito anos. A gente dorme. E se distrai dos problemas assistindo a um jogo de futebol – a imprensa ainda vai insistir que o Botafogo está dando sorte? Agora, o Flamengo entra em campo e o domingo se vai.