
Foto da Ward dando remédio prum ganso sinaleiro, a minha hora de dormir que passou faz muito tempo, brincos de porcelana, as incríveis traduções da Isabella, uma pilha de desejos, a nova ordem mundial das canetinhas de pintar Berenice, caixas de acrílico, uma gatinha chamada Mila, um buquê de parênteses para a R. Lins ( ( ( ( ( ( ) ) ) ) ) ) ), Nepomuceno escrevendo textos lindos a respeito do esquecimento e me mandando figuritas de my very own Omar, pastéis de ricota, declarações idiotas, uma cor chamada maravilha, um pijama xadrez (que, há anos, quando comprei, falei pra Tela “compra pro Fred, ele vai gostar!” e quando fui contar isso pra mã chorei um pouco), a burocracia irreal deste país imbecil me deixando completamente aturdida, chá de um pacotinho vermelho (melhor coisa na vida), sabonete com cheiro de limão, saudades (meu bem, saudades), mostrar A caverna do Dragão para a Anlene, filme velho do Toniranquis me dizendo que nada poderá nos salvar (como se eu não soubesse, babe), plantas quase mortas, livros, livros, livros, a lenta leitura de Pelágio com o professor Venturini, uma camisa amarela, fotos do escritório do Ubaldo, vontade de andar de táxi, brócolis no jantar, catiorro-margaridinha pedindo colo, uma tomada de fôlego, as cousas malucas que digo em voz alta, um texto muito sofrido (e que jamais verá a luz do sol) para a onipresente Nepomuceno, banho frio porque quando acaba a água da rua é o que nos resta, Heitor me desejando bom dia, manteiga de amendoim, vela de cheiro bom, objetivos alcançados, ilusões (hahaha) perdidas, a imensa falta que meu amigo me faz.
Num velho filme, Toniranquis pergunta “Como cheguei aqui?”
Ah, querido, excelente pergunta.