por Andréa Pontes
Bruno Pereira, morto em 2022 por investigar a pesca ilegal, lembrando que a gente precisa parar de brigar com o meio ambiente
Brigadeiro envenenado com medicamento à base de morfina. Fenol mal utilizado em procedimento estético. O noticiário com tom químico e duas vítimas fatais. Se você suspeitou que eu penso ‘no pasa nada, cariño’, acertou. O Brasil sem limites. Ainda mais quando hoje é o dia Mundial do Meio Ambiente. Hoje, teremos toneladas de matérias sobre o tema. O que podemos dizer é que continuamos em pé de guerra com o planeta Terra. Não é só na fronteira do Líbano com Israel que estamos em conflitos. Do papel de bala que atiramos ao chão a milhares de árvores derrubadas ou rios contaminados, estamos presentes.
Foi assim que, há dois anos, Dom Philips e Bruno Pereira eram assassinados em plena Floresta Amazônica. Porque investigavam a pesca ilegal. O papo é reto: se até 2050 não eliminarmos uma boa dose de gás carbônico, o planeta vai ficar irrespirável aos seres humanos e a uma temperatura acima do normal. O Rio Grande do Sul e os já 172 mortos estão aí para dizer que é para ontem darmos um jeito nas nossas vidas. Se você quer entender mais um pouco, pegue as dicas do blog Labdec, do Laboratório de Divulgação Científica e Ensino de Ciências da CEFET-RJ. Recomendo a leitura (link: https://blogdeclabdec.blogspot.com/).
Enquanto pensamos na vida, o Congresso discute a taxação das ‘blusinhas’, as compras internacionais. No Brasil, tal tipo de notícias exibe uma característica curiosa. Sempre se aplica à derrota ou ao Governo ou ao Congresso. Eu não sei de você, mas minha percepção é a de que a derrota é nossa, não é mesmo? Outro ponto importante para se observar são as eleições municipais – prefeitos e vereadores. Veremos muitos acordos acontecendo no Senado, na Câmara e nos governos estaduais para definir quem vai concorrer, quem vai ficar, quais projetos terão recursos. Puxa, mas a gente precisa acompanhar essa novela? Sim. A baixa audiência dos capítulos produz votos mal pensados daqui a alguns meses.
Então, mesmo que você não goste dos personagens, que tenha que tapar o nariz, não deixe de assistir, se você quer mais oxigênio, florestas em pé e poder de compra para a sua vida.
No pasa nada.