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A felicidade no meio da dengue, da taxa Selic e da cesta básica

por Andréia Pontes

A semana começou com a reunião ministerial e o presidente Lula pedindo aos ministros mais e mais. Em destaque, o combate à dengue, que ultrapassa números alarmantes, chegando quase à casa de 2 milhões de casos e mais de 250 mortes. É importante a gente abrir um parêntese. Quando se fala de desigualdade social estar intimamente ligada às tragédias climáticas, não é papo furado. O País tem muito a avançar em saneamento básico. De acordo com o Instituto Trata Brasil, apenas as cidades de Campinas, São José do Rio Preto (SP) e Maringá (PR) têm 90% dos habitantes com tratamento de esgoto e coleta de lixo. Na contramão, Santarém (PA), Macapá (AP) e Porto Velho (RO) estão no final da fila. Então, sim, temos muitos locais para recolhermos lixo e não deixar água parada. Não é tarefa somente das regiões desassistidas, fato, mas não à toa são nelas onde mais temos casos de dengue. Fecha parêntese, porque não há meras coincidências em violência, carência na saúde pública quando o tema é desigualdade em diversos níveis.

Em meio a tudo isso, o mercado continua sem surpresas. A economia está em aceleração e a expectativa é novamente corte na taxa Selic, chegando a 10,75% Expectativa também para o anúncio da taxa de juros nos EUA, sem fortes ventos. O mercado fica atento a dois detalhes: às próximas reuniões do Banco Central do Brasil e quando os EUA vão começar a cortar os juros. Os dois temas são interligados. O que venta lá, venta aqui.  É a chamada Super Quarta.

Menor taxa de desemprego, cesta básica mais variada, dólar em ligeira queda, até acompanhando a tendência do Banco Central dos Estados Unidos (a ver). A inflação no Brasil, com a mão de obra aquecida, vai controlada. A atenção é nos serviços – uma inflação em particular que demora a cair.

Com esse noticiário incerto, você consegue ser feliz? De acordo com a ONU, os finlandeses vão bem, obrigado. Para o nosso lado, subimos cinco posições e ocupamos o 44º lugar. O Uruguai está em 26º e o Chile em 38º. Em último lugar, o Afeganistão, com o Talibã no poder.  Líbano e Jordânia no retrocesso, Letônia, Bulgária e Sérvia, em crescimento. Surpresa: EUA e Alemanha saem do Top 20, e Costa Rica e Kwait entram na lista dos primeiros colocados.

A UNESCO, também hoje, promove e incentiva escolas felizes. Defende que as experiências escolares podem ser felizes. Não o estudar para passar, mas o estudar para aprender para a vida. Tudo isso gera cidadãos mais felizes, ou com o entendimento sobre o que significa a felicidade. 

Fica a pergunta e a resposta é para você mesmo (a): você sabe o que é felicidade?  Com a resposta, talvez, assim, a gente a reconheça nesse mundão de notícias na contramão.

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