Pular para o conteúdo

A economia do drible

por Andréa Pontes

unhas feitas, simples gigante tesouro (foto A.P.)

31 de janeiro, mês longo, pois é quando o ‘ah, essa blusinha não vai fazer o mundo acabar’ apresenta a conta do cartão de crédito e o IPVA e o IPTU dão as caras com a pontualidade de sempre. Mas, hoje é dia de queda na taxa de juros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). Vamos chegar aos 11,25%. Bom para o mercado, que, sempre apreensivo, está clamando por contas públicas mais enxutas. É preciso gastar menos do que é arrecadado. Como nós, que estamos quebrando a cabeça no que podemos deixar de utilizar.

Outro ponto é prestar atenção ao noticiário. A manchete fala na redução da taxa média de desemprego em 7,8%, pelo PNAD – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Significa que o mercado está em recuperação, levando-se em conta os anos terríveis da pandemia da Covid-19. Estamos falando que 100,7 milhões de brasileiros, em 2023, estavam com alguma ocupação.  Já se falamos em tipo de emprego, são 27,7 milhões de pessoas com carteira assinada, alta de 5,8%; 73,8% estão no setor privado.

A política está em destaque. A espionagem, principalmente. O que fez o presidente Lula mudar a cúpula da Abin, Agência Brasileira de Inteligência. De acordo com a Polícia Federal, as investigações apontam que várias pessoas eram investigadas para alimentar um gabinete do ódio, alimentado por notícias falsas.

A desinformação foi amplamente debatida no Roda Viva da última segunda-feira, 29, com o professor da USP e escritor, Eugênio Bucci. No cenário, um crescente jornalismo independente surgindo, a necessidade de mais gente, mas, com uma realidade de redações enxutas. Em ano de eleições municipais, eleições nos EUA, estamos diante de uma questão muito, muito séria.  É preciso mais educação voltada a combater a desinformação. E seriedade a quem comunica para milhares de pessoas. “A credibilidade do jornalista é necessária e precisa ser defendida”, diz Eugenio Bucci. Quem trabalha em Comunicação sabe que há um longo caminho por aí.

Enquanto isso, vamos driblando os excessos no cartão de crédito em dezembro, a conta mais alta de energia elétrica no verão, procurando opções democráticas do Carnaval – a pipoca do trio, os blocos de rua.

Quem é sábio, já mira o mês de março e o segundo trimestre.

1 comentário em “A economia do drible”

  1. Alguém disse que “No Brasil falta amor, mas também falta interpretação de texto.” Algo mais ou menos isso. Acho que uma das funções da mídia independente é nos ajudar a fazer interpretação de texto, usando uma linguagem acessível e honesta. A mistura de um pouco de humor com conhecimento e verdade cai muito bem!
    Beijos

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *