Tudo que é humano se expressa, é nossa maneira de exteriorizar o que encerramos no peito. É, também, nosso movimento em busca do outro. Queremos alcançar quem está próximo, quem está distante. Temos urgência em registrar e pertencer.
Também acalentamos a ilusão de que, depois do fim – que nos alcançará a todos –, nossa passagem não será despercebida. Esperamos tocar os outros, portanto, mesmo depois que não mais estivermos. Queremos que façam perguntas sobre nossas escolhas. Queiram saber os porquês de cada passo, mesmo que nem nós mesmos tenhamos qualquer ideia dos motivos ao percorrê-los.
O caminho da arte é solitário, mas dominar técnicas e ferramentas o torna divertido. Subverter regras pode ser muito interessante ao trabalho do artista, mas só é possível para quem, de antemão, conhece a natureza delas.
Pintamos as paredes de nossas cavernas muitas vezes – metafórica e literalmente – e temos certeza de que o tempo empregado na definição das cores há de trazer beleza a um pedacinho de mundo onde não mais estaremos para explicar diante da obra: “Sim, usei o azul, não mais podia suportar o grená.”
Livro de Técnicas de pintura com informações sobre história da arte de Luiz Ney Todero.
64 páginas
miolo colorido
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