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Com as próprias mãos

por Andréa Pontes

Giovani tentando fazer amizade (Foto de A.P.)

O crescimento da economia avançou em 0,1% no último trimestre.  Diante dos juros – ainda altos – endividamento elevado, havia expectativa de recuo do PIB. Porém, a economia vem resistindo e o consumo aumentando, o mercado de trabalho está aquecido. As iniciativas sociais vêm abrindo mais caminhos para mais famílias terem comida à mesa. Os serviços crescem com isso, seguido pelo comércio e pela indústria.  Em contrapartida, o setor de construção civil vem sofrendo nos materiais e insumos.

O Governo luta para manter as contas públicas saudáveis. O Banco Central divulga um superávit de 14,8 bilhões de reais em gastos – sobrou dinheiro em outubro. No entanto, não é um bom resultado ainda para as contas públicas. O fim do ano vem chegando com a conta de balanço. O déficit é de R$ 150 bilhões. Ou seja, precisaríamos desse dinheiro para cobrir a conta. E em 2024, já se espera um saldo negativo. A economia avança, mas a arrecadação foi menor. Manter o equilíbrio da balança da Economia é sempre muito desafiador.

Mas, para um primeiro ano de arrumação de casa, há notadamente um esforço.

Estamos vendo conflitos entre Venezuela e Guiana. Motivo: petróleo. A Guiana quer paz – nós também. Já o presidente Nicolás Maduro quer revisão do mapa. A Guiana está apelando à ONU para que a geografia se sobreponha aos interesses de mercado. Uma certa dor de cabeça ao Governo Brasileiro para sair da saia-justa. Por outro lado, o presidente Lula vai bem na Europa, fechando nada menos do que nove contratos de investimentos com a Alemanha.

Dados do IBGE confirmam que um a cada cinco jovens não trabalham e nem estudam. São mais de sete milhões e 76% estão abaixo da linha da pobreza. Além disso, 68% são pretos ou pardos. Cerca de 60% são mulheres, com filhos pequenos. Esse é o verdadeiro retrato da desigualdade social, do racismo estrutural, da falta de equidade de gênero. Combater a pobreza, as mazelas, e tudo o que infelizmente vem junto com isso é mandatório. Apoiar Educação, Saúde Pública, Cultura são fundamentais para equilibrar esse jogo.

Em Copacabana, zona sul do Rio, moradores estariam organizando grupos para “caçar” bandidos. Nos Estados Unidos, um atirador atormentou estudantes da Universidade de Nevada. Do outro lado do mundo, o Japão aprendeu, a duras penas, que armamento não ganha guerra e nem soberania. Elaborou uma Constituição pacifista, regulamentou o uso de armas e a violência por armas de fogo por lá é bem baixa. Fica a reflexão.

Outra reflexão é o meio ambiente apresentando as contas aos seres humanos. Essa semana, estamos diante de uma espera por afundamento de um bairro. Uma hora, o planeta faz as nossas malas de vez. Na Cop-28, há a tentativa de um compromisso por diminuir o aquecimento global. Suspiremos, mas sem muito alívio.

O jeito é respirar fundo e aguardar pelo 24 de dezembro.

Então é Natal.

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