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A semana

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por Andréa Pontes

Há 10 anos, em Osasco, saudades desse projeto. (Foto de A.P.)

Primavera?!

É Primavera.

Saudades, Tim Maia. A vida não está de brincadeira. A semana traz uma espécie de nuvem de palavras muito louca. É a Luísa Sonza falando da traição que sofreu e, publicamente, libertando-se da dor. É vereador e vice-presidente de clube de futebol mordendo a virilha de torcedor. É vereador dizendo que autismo se trata com chibata e, depois, dizendo que a frase foi tirada do contexto. Tudo isso na Semana em que temos o Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência (21 de setembro).  A Estopinha, primeira influencer canina, do veterinário Alexandre Rossi, faleceu. Houve também um dentista dos famosos, que teria morrido batendo a cabeça na piscina. E tem a taxa Selic, que caiu 0,5%, chegando a 12,75%. Juro, só foi uma semana.

Vamos, então, por partes, porque um País tão eclético quanto o nosso não é para qualquer um.

A taxa Selic caiu 0.5% e os economistas apostam que vai cair próximo a 10 por cento. Já o Banco Central norte-americano (Fed) manteve a taxa de juros e anuncia que aumentos virão. O arcabouço fiscal garante, mas, o mercado quer saber de onde virão, futuramente, as receitas para segurar a onda. O mercado aposta em chegar a 9 a 9,5%, há quem fale em 10 a 10,5%. O Banco Central deixou claro que vai baixar 0,5% mensalmente. Em dezembro, teremos 11%, na média – expectativa. Então, ainda há trabalho a ser feito pelo Governo. A política fiscal é expansionista. Significa mais consumo, mais investimentos e mais gastos públicos. O que isso pode trazer? Ainda mais dívida pública e inflação. Em resumo: a inflação precisa continuar baixando e o Governo precisa cumprir com as metas fiscais. Tradução: é preciso arrecadar mais e gastar menos.

A atriz Letícia Sabatella revelou também por esses dias que descobriu que tem autismo e que esse diagnóstico liberta, pois, hoje, ela entende e as pessoas ao redor dela também, e pode lidar melhor com suas limitações. A influencer Pequena Lô não era muito de sorrir, quando criança. Ela adora contar histórias. Influencer, atriz, psicóloga, humorista e escritora. Escreveu o primeiro livro “Na dúvida, escolha ser feliz”. Pessoa com deficiência, decidiu escolher a leveza.  Não é fácil, gente. Eu sou mãe de um jovem autista. Não tem glamour, tem é muita luta. Solta para a vida, uma sociedade que muitas vezes rejeita, tem preconceito e maltrata. É a dor com alegria. Difícil até de explicar.

Dia 21 é aniversário de gente querida, têm o Dia da Árvore e o Dia da Paz. O descanso aparente em meio ao caos. A chegada da primavera, descanso entremeado a cuidados familiares… não, pera. Estamos com aquecimento, temperaturas elevadas, ameaças de incêndio. No meio disso, uma quebra para ver novelas antigas. A cabeça precisa desanuviar. Mas é difícil relaxar, parece que sentimos falta da rotina estressante, que falta um pedaço, “o que vou fazer com essa tarde livre?”. Aí, a vida te responde, na chacoalhada. Uma prima de apenas 49 anos se vai. De pneumonia, de sequela de Covid-19. Um susto e um recado cristalino: é preciso saber aproveitar cada minuto. Ele realmente não volta mais.

E se a gente apenas vivesse?

E se parássemos de sofrer pelo que já foi e pegar leve com a ansiedade pelo que virá?

E se a gente se programasse – isso mesmo – para r-e-l-a-x-a-r? Para ter uma “Estopinha” e poder distribuir amor? E distribuir flores e ensinar crianças a mexer com a terra?

E se…

A gente precisa demais completar a frase e torná-la realidade. Porque a vida mal cabe nos acontecimentos. Algo precisa valer à pena.

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