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A palavra é calor (clima, números e discursos na ONU)

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Melancia gigante. Erro de cálculo, para alegria das crianças do Núcleo Mosaico, que vão ganhar a metade da melancia. (foto de A.P.)

Que calor! O El Niño promete. Note bem, para tentar dar paz à professora Fal Azevedo, a pronúncia é “êl” e não “él”. Significa “o menino”. O fato é que, independentemente da pronúncia, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação emitiu alerta de que o fenômeno mal começou a fazer estrago. Podemos ter a situação de fortes chuvas se repetindo no Rio Grande do Sul. O El Niño deixa tudo mais quente e contribui para o aquecimento global.  Ele muda a força e a direção dos ventos. Com isso, a água quente da parte ocidental se move para as áreas oriental e central do Oceano Pacífico.

Não por acaso, o presidente Lula discursou na ONU e enfatizou a questão climática. Os ministros Marina Silva e Fernando Haddad estiveram na Bolsa de Valores de Nova York, juntamente com os presidentes da Câmara (Arthur Lira) e Senado (Rodrigo Pacheco) para falar de uma forma de financiamento para proteção ao meio ambiente. O Brasil vai oferecer títulos da dívida externa, com regras de sustentabilidade. O valor desses títulos verdes vai exclusivamente para ações sustentáveis. O País, com isso, dá uma bela tacada. Investe no ativo mais estratégico – meio ambiente – e tenta fortalecer a credibilidade – a reforma tributária está fazendo falta na mesa de negociações, daí o esforço em rodas de conversa com investidores. Porém, as coisas vão avançando e devemos ter mais baixa na taxa Selic. Afinal, o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) avançou 0,44%, o que impacta positivamente o PIB e as estimativas de inflação ficam para baixo. Essa semana, o noticiário substituiu “surpreende” por “acima da estimativa”. O que é rigorosamente a mesma coisa.

“O Brasil está de volta”, disse o presidente Lula, no discurso na ONU. Não sob os aplausos de Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia. Ainda há entraves para o Governo Brasileiro em relação a condenar a Rússia, que faz parte dos BRICs, além do que o outro lado não é tão cordeiro assim. Em se tratando de interesses geopolíticos, não há bonzinhos. Mas, Lula tocou em pontos fundamentais – uma imprensa livre, mulheres livres, fim do racismo – menos desigualdades sociais e econômicas.  Lula foi aplaudido várias vezes, destacando-se em relação ao presidente norte-americano Joe Biden e ao próprio Zelensky.

A gente estava com saudades dos aplausos. Orgulho define.

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