A triste verdade sobre mim, minha vida profissional, é que se eu estou indo a algum lugar, é porque a Suzi Márcia me arrasta. Ela é pequenina, eu sou enorme, me arrastar não é fácil.
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O inferno de cozinhar extraordinariamente bem (modéstia, querida, foda-se), é que eu viro a mala que passa pelo mundo comendo comida de restaurante e gralhando “não vale o preço, não vale o preço, não vale o preço”.
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Na total impossibilidade de falar do fundo do coração, retribui-se o feliz ano-novo da maneira mais distante que nos é possível, rezando para que este inferno termine logo. Sim, eu usei o verbo “rezar”. Acaba, mundo.
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Rede social é aquilo. Quer me seguir, segue, mas não me peça para testemunhar seu assombroso universo.
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Bordertown, que série do caralho.
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As goiabinhas do pacote ao meu lado são um instrumento dos céus para testar meu ateísmo.
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Minha amiga outrora assustada e miserável, sem trabalho num país estranho, já está ótima, tranquila, realizada, morando numa casa que parece um conto de fadas, com coelhinhos – sim, você entendeu bem – soltos pela propriedade. Ou seja, ela arranjou um cara pra cuidar dela. Um cara com grana, claro, porque ela é muito linda. E não apenas isso, veio me dar uma aula particular sobre como a minha vida péssima pode melhorar se eu fizer isso e aquilo. As mulheres bonitas jamais, jamais entenderão como é para o resto de nós.
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Eu queria alcançar a excelência. Sequer consigo arrumar meia dúzia de roupas num armário.
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Entendi que vou acabar sozinha e sem qualquer um que deseje, mesmo, falar ou estar comigo, nem pra dar tchau da janela do carro.
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Tire a sua superioridade moral do caminho que eu quero passar com a minha dor.
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Tento ficar calma. Penso no corpo dele, deitado numa cama de hospital, sozinho, sozinho, e sei que todo o resto, inclusive a babaquice — a minha, a alheia — é bobagem a essa altura.
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Amo café. Passado no filtro de pano, no filtro de papel, o que recebo no balcão da padoca, o que tomo na cafeteria americana que “ai-fal-isso-não-é-caféééééééé”, daqueles filtrinhos hipster, filtrinhos de pano individual a-volta-da-cabocla-mas-só-para-um-gracias e tal e tal. Mas a alma que inventou a cafeteira de capisulinha, olha, o céu é pouco pressa pessoa. Espero do fundo do coração que ela esteja podre de rica.
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Novo horário pra parar de trabalhar aos domingos: 15h30. Vamos alcançar essa meta e depois dar um jeito de não trabalhar mais aos domingos. Essa é nossa mensagem institucional.
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Ano passado eu morri e em 2021 são grandes as chances de acontecer de novo.
eu vou querer sempre ter você na vida. e sim para todos os cafés. eu não queria alcançar a excelência (sou véia, me canso rápido), queria que ela diminuísse o passo, chegasse aqui, me colocasse no colo, essas coisas
Ô linda. <3