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Notas rápidas duma digitação errante

Deve haver alguma espécie de explicação pra sem-noçãozice, a sua, a minha, mas né, a NASA não liberou o material, de modos que só observo a pessoa circulando alegremente entre o resto do pessoal, fingindo que olha, tudo bem.

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A filha da amiga tem cinco anos e não se conforma quando vê a cena na casa dela ou aqui: um adulto, com a tevê desligada, lendo um livro feito de papel. Ela esteve aqui e não queria conversar ou fazer gracinha ao me cercar enquanto eu lia. Estava mesmo impressionada. “Você fica que nem a minha mãe, sem se mexer, lendo, lendo. O seu livro não pisca”. 

Não emito juízo de valor, quem ama o passado pelo passado e não as coisas legais do passado, que volte a tomar banho de canequinha, mas ler livros me parece ser uma daquelas atividades que, muito em breve, vai se unir a bater manteiga, acender o lampião, levantar-se pra torcar o canal da tevê (com bombril na antena), casar por procuração e fazer a América.

Eu e meus livros que não piscam, graças a Deus, em extinção acelerada. Que São Darwin nos abençoe.

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Filmes velhos na Netflix. Obrigada, civilização ocidental.

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Meu braço tá uma chatura e eu não quero mais falar dele.

Segundo semestre de 2018

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