Penso que todas as possibilidades nos estão disponíveis por mais irreais que pareçam. Acredito nisso desde menina e esse otimismo me foi inculcado por pai e mãe totalmente determinados.
Olhando para trás as pessoas percebem que tudo o que desejaram um dia foi obtido. O que for decepcionante é consequência das escolhas que são feitas sob premissas individuais de homem e de mundo estabelecidas naquele código fundado na adolescência.
Quero dizer é que não é fácil focalizar adequadamente o futuro na tomada de decisões.
O complicado é que inúmeras vezes o que se quis estava em franco desacordo com as necessidades do momento e também não dá pra desconsiderar as peças que a vida prega – e são inúmeras.
De maneira geral devemos nos perceber vitoriosos: o que quisemos, conseguimos.
O diabo é que as necessidades, os desejos, e os pressupostos vão mudando durante a travessia. Não há punição, só consequências e, com estas, temos nos haver.
Há um conforto: no momento em que são decididas, as opções nos parecem absolutamente corretas.
Marli Tolosa, psicóloga e pesquisadora