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Pedra bruta: Brasil da democracia, de Fernanda Torres, de Luciana Sagioro

por Andréa Pontes

Casa onde foi filmado Ainda estou aqui, na Urca, zona sul do Rio (divulgação)

Hoje, 8 de janeiro. Dois anos de tentativa de golpe. Várias atividades pautadas para que nós não nos esqueçamos de que quase a democracia foi para o beleléu. Decisões marcantes e estratégicas do Governo Federal, começando pela troca de comando da Secretaria de Comunicação. Sai Paulo Pimenta, entra Sidônio Palmeira, que deu a mão para o presidente Lula, na campanha eleitoral de 2022. É relevante o papel da comunicação – sempre, é o elo entre reputação, formação de opinião, combate à desinformação. Sobretudo, em 2025. Estamos às vésperas das eleições presidenciais no Brasil. 2025 é um ano a ser marcado por julgamentos e investigações – dos atos golpistas de 2023, das emendas sem transparência.

Um ano com indicadores econômicos bons. Palavras do próprio mercado.  O Índice de Confiança do Empresariado registrou o maior indicador de confiança desde 2013 – quase 100 por cento.  A conjunção adversativa é parte das análises do mercado. Mas, porém, contudo, todavia, o mercado está preocupado com as políticas sociais, as reformas. Desconfia desse crescimento contínuo. 

Não é uma luta fácil. Tanto o é que o Ministro Fernando Hadad precisou adiar as férias. Para manter-se firme nos diálogos com o mercado. E isso será fortemente pautado no noticiário. E determina, inclusive, apoios políticos.  Não podemos esquecer da política externa. Ontem, Marck Zuckenberg, CEO da META, que inclui Facebook e Instagram, defendeu o não uso de verificação de informações para combater notícias falsas. Um discurso cristalino de apoio a Donald Trump, que está a um passo de assumir a Casa Branca. Zuckenberg não se restringiu aos EUA e dirigiu indiretas (diretas) à América Latina e à Europa sobre o que considera que combater a desinformação é (pasmem) afetar a liberdade de expressão.

“Se ainda estamos aqui, é porque a democracia venceu”, disse hoje o presidente Lula. Por falar nisso, “Ainda estou aqui” está sendo corado em Hollywood e no Brasil. A nossa Fernanda Torres conquistou o Globo de Ouro de melhor atriz. Ah, mas é branca, é privilegiada. Ah, mas prefiro a declaração de uma entrevistada – uma mulher negra, salvo engano, de Minas Gerais: “É o meu Brasil, é o meu Brasil, é o meu Brasil, eu nem pensei nela (Fernanda Torres) como pessoa, pensei num todo, eu nem estava (lá), mas era para mim aquele prêmio, era pra todos os artistas”.

Assino embaixo.

Também é do Brasil a bailarina Luciana Sagioro. Ela chegou à Ópera de Paris e se tornou a primeira brasileira a fazer parte da companhia. Começou em Juiz de Fora, aos 15 foi morar sozinha, aos 16 conquistou uma bolsa para dançar balé pelo mundo.

É o Brasil.

Brasil.

Pedra Bruta: Além do horizonte        

por Andréa Pontes             

Fim de tarde no Rodoanel Mário Covas. Foto de Andréa Pontes

Essa foto aí é do Rodoanel Mário Covas. Fim de tarde. Uma hora a mais de Rodovia Dutra do que o previsto.  A parada, quase obrigatória logo após subir a Serra das Araras, mais cheia do que o habitual. Mas, a comidinha sempre ótima, o espaço pet friendly e um dono do estabelecimento que entende de carros e encanta o filho.

O Waze, esse fantástico aplicativo de 2008, que utiliza o GPS, invenção da década de 1960, nos convidou a irmos por dentro de cidades até então invisíveis nessa rotina RJ-SP.  Cidades cujos telefones têm prefixo 12, Vale do Paraíba. Perto e longe da capital São Paulo. Com direito a estações de trem; um centro da cidade com uma papelaria chamada de “A Donzela”; bares e quiosques lotados; uma jovem passeia a cavalo; algumas bicicletas circulando. Aquele supermercado com marca local ocupando um quarteirão.  Colégios. Igrejas. Igrejinha.

Ainda temos pontos turísticos…. a penitenciária onde está preso o Robinho; a cidade onde Geraldo Alckmin nasceu. Brasil nunca decepciona. O ano está começando e eu já confundo a data para desmontar a árvore de Natal. Boas notícias. A amiga que finalmente responde às suas mensagens; as amigas que nunca se esqueceram de você. A amiga que conquistou uma nova jornada. A mensagem boa e inesperada. E a esperada que já nem machuca como antes.

O de sempre te espera: a roupa a ser lavada, o mês de janeiro longo para a conta bancária. Anotações mentais para pensar de forma menos antecipada. Prestar atenção no que sempre fez mal. De repente, muitas coisas fazem sentido. E novos caminhos sem sentido se abrem.

Saber onde pisa; ser surpreendida por passar onde não foi planejado. Ver que ainda há pendências.  Até segunda-feira, o tempo vai devagar.

E a vida vai.

Indo.

Feliz 2025

por Andréa Pontes

Dia 1 de janeiro de 2025. Primeiro capítulo, primeiro dia. Um misto de esperança. O noticiário é só simpatia, carisma, queima de fogos, previsões. Há, ainda, um rescaldo do acidente lá em Tocantins – a ponte que se rompeu e deixou vítimas fatais. Temos, ainda, as emendas parlamentares sob os holofotes do Supremo Tribunal Federal, da Advocacia Geral da União (AGU) e da Polícia Federal. Promete. E muito. A conferir o que vai sair – já se sabe que se tem investigação, tem coisa para aparecer.

Gabriel Galípolo assume a presidência do Banco Central. O mercado, insatisfeito e apreensivo.  A conferir as próximas reuniões para a definição da taxa de juros. Taxa que está a 12,25%. A cotação do dólar: R$ 6,18. O contraponto: desemprego na menor taxa histórica – 6,1%. Os estrangeiros investiram mais de US$ 60 bilhões; no turismo brasileiro, houve crescimento de 231%. O Brasil é o principal país na América Latina nesses investimentos.

Há também, pelo caminho, reformas – que o mercado alega serem a razão do mau-humor. Elas estão se concretizando, junto a um Congresso e um Senado melindrados pela investigação das emendas parlamentares. Além disso, temos, hoje, prefeitos e vereadores tomando posse em mais de cinco mil municípios brasileiros. É a pavimentação das eleições de 2026 – presidente, senadores, deputados. O ano de 2025 trará avanços nas investigações na tentativa de golpe de 8 de janeiro.

E trará o Brasil na referência global, sediando, em Belém (PA), a COP 30. O alerta está no grau máximo. O mundo mais quente. Os ânimos mais quentes. Não por acaso, a primeira matéria sobre saúde do dia é a respeito das reclamações. Reclamar depois causa estresse, cansaço e nos faz ter dificuldades para encontrarmos soluções.

Entre matérias sobre os fogos Brasil afora e a nova tendência de cabelo – úmido – para 2025, entra a Sílvia. Sílvia vende água de coco no Parque do Ibirapuera, zona sul de São Paulo. Sílvia é cantora gospel, fazendo dupla com o marido. É bombeira civil. É corretora de imóveis. Tem quatro filhos. Sílvia é Brasil. Puro. Lutando. Sorrindo. Cantando.

Em 2025, mais Sílvias, melhor humor do mercado.  Menos reclamações. E mais atenção ao noticiário.

Pedra bruta: Que 2024 é esse (você ainda não viu nada)?

por Andréa Pontes

Mais pessoas, mais luz, menos incoerência (Fonte: IA)

As manchetes não poderiam estar melhores. A Confiança da indústria está aumentando.  Nunca se viu tanta gente em shopping centers e hotéis – Copacabana que o diga. O setor varejista comemora uma alta de 12,2% nas vendas, comparadas a 2023.  Os brasileiros estão otimistas, de acordo com a Federação dos Bancos, a Febraban. Motivo: mais empregos, mais renda. Nesse processo, 22,4 milhões de brasileiros saíram da insegurança alimentar grave.  A Organização das Nações Unidas confirma que o País está bem perto de deixar o Mapa da Fome. O setor automotivo obteve o melhor semestre da última década, com geração de 100 mil empregos.  

Isso tudo aí veio do noticiário. Ou seja, foi um 2024 de quebrar barreiras e barreiras. Se formos comparar Brasil e Argentina, as diferenças são abissais.  A miséria e o desemprego são os maiores da história argentina. Porém, o que se viu também no noticiário foi a questão ambiental. Levantamento do MapBiomas revela que 30 milhões de hectares foram queimados no Brasil, em 2024. Equivale ao território do Rio Grande do Sul. Onde há fogo, há crime. Onde há crime, há interesse. E a política vem sendo aquecida com as eleições. Repare na pesquisa sobre a popularidade de Janja Silva. Nunca se viu antes pesquisas sobre primeira-dama. Repare na cotação do dólar.  São indicadores da discussão para as bases das eleições presidenciais.

Em meio às festas natalinas, infelizmente tradições se confirmam. A tragédia da ponte, que caiu, entre Maranhão e Tocantins. Com requinte da crueldade de um caminhão que transportava ácido sulfúrico, para as buscas no Rio Tocantins ficarem mais difíceis. Um acidente igualmente trágico em Minas Gerais, com 41 mortes. Um avião com 10 pessoas caindo em Gramado, cidade do Natal Luz e da esperança de um Rio Grande do Sul se reerguendo após as fortes chuvas do começo do ano. E, para completar, uma jovem de menos de 30 anos, a caminho da Ceia de Natal, sendo atingida por policiais rodoviários, em uma ação impassível de ser explicada.

É momento de balanço, mas, sobretudo, de tendências. A Ipsos divulgou as projeções para 2025 (aqui). Por um lado, aumento da confiança na economia; do outro, ansiedade ainda por indicadores de violência mais justos. Embora ainda seja identificado conservadorismo, temos uma Geração Z mostrando mais orgulho na diversidade. Assim, ao final do dia, temos cidadãos mais exigentes e atentos, passando menos pano de quem não pratica o que fala.  

Mais coerência e menos desigualdades. É o que esperamos.

E isso serve para nós mesmos. Mais simplicidade, menos brigas pelo que não vale a pena. Mais atenção às informações (fontes, interesses).

Mais vida, please.

Vem cá, meu bem

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