Oi Deus, sou eu de novo.
Deus, por favor, tira da boca dos pascácios o nome do Oswald de Andrade, Deus. Por favor. Sabemos, o Senhor e eu, modernismo não é mesmo para todos. O mundo gosta de curvinhas, rendinhas, gente limpinha de unha francesinha e coca diet e, Deus, tudo bem. Deixa eles. Mas Deus, mantenha-os longe, bem longe, do meu Oswald e da minha Semana de 1922. Já me basta a epidemia de opiniões sobre os escritos de Freud, como se autoridade tivessem pra dar opinião sobre qualquer coisa que não seja recheio de donut (não leva a mal, Deus, eu amava donut quando comia açúcar).
Por favor, cuida bem do meu vô Velho Affonso, um campeão do modernismo, concreto armado, versos soltos e do Campari com gelo.
para sempre sua
Fal, a ateizinha
Sim, deus! Atende um ateu gente boa que engrossa essa prece.