por Andréa Pontes
Renata Carmin Andrada, esse mimo me salva todos os dias. Que cheiro bom. Apenas, continue. (Foto de A.P.)
Respirar e zerar
Quando a gente se sente sem forças, a gente deve respirar energia.
Quando nos deparamos com algo que nos parece injusto, a gente deve respirar fé na vida.
Quando assistimos a um filme de Natal, cheio de magia e mensagens de amor, a gente deve respirar suspiros.
Quando o ano insiste em ir na velocidade 5 do créu, a gente precisa respirar perseverança.
Quando algo considerado bom acontece, a gente precisa respirar gratidão.
Quando faz muito calor, a gente precisa respirar responsabilidade pelo planeta Terra.
Quando a gente não aguenta mais ver tanto intolerância, a gente precisa respirar fôlego.
Quando a gente fica muito ansioso, precisamos respirar calma.
Quando o texto atrasa porque a rotina impediu, respire a procrastinação. Deixar para depois pode fazer milagres e acalmar o tom de fígado.
A gente precisa zerar. Respirar o que cura, expirar o que nos faz mal.
E não é só no fim do ano. Embora, seja essencial fazer isso antes de o tal novo ano começar.
Encerrar coisas que não aguentamos mais carregar.
Fortalecer o que nos faz seguir pelo caminho que acreditamos.
Ver um lado que ninguém mais enxerga.
Respeitar nossos valores.
Principalmente, colocar a cabeça no travesseiro e dormir em paz.
Não esquecer nossas raízes. “Nunca deixe de cumprimentar o porteiro, por mais longe que você vá na sua vida”. Valeu, pai, nunca esqueci esse conselho. Talvez por isso esse conselho me faça sempre procurar quem parece invisível à sociedade.
É. Todo dia podia ser Natal. Podíamos ter filmes mágicos com finais felizes. Mas, a vida não é bem assim. O jeito é deixar as coisas o mais arrumadas possível dentro de nós. Para a gente ao menos poder fazer a diferença.