por Andrea Pontes
As brabas do Corinthians fizeram bonito na Libertadores
O dólar abre em alta, porque aumentaram os rendimentos dos tesouros públicos norte-americanos. Em tempos de guerra, os investidores querem o que transmite mais segurança. As taxas de juros nos EUA estão em 5,50% e isso garante aumento em títulos a exemplo do tesouro público. O mercado, mais do que nunca, atento às pautas econômicas no Congresso Nacional. Afinal, a reforma tributária sai ou não sai? Há promessas também na taxação de juros em fundos de investimento. Além disso, grandes marcas no planeta divulgam resultados do trimestre. Tudo isso entra no radar dos analistas financeiros.
Nesses últimos dias, o noticiário anda apocalíptico. As mais de 2000 crianças palestinas mortas no conflito entre Israel e Hamas, além das outras crianças israelenses, sequestradas, ou as que infelizmente já foram mortas. No Rio, no maior ataque a transportes públicos da história da cidade, 35 foram incendiados. Quatrocentas crianças precisaram voltar de um passeio escoltadas pela polícia. Motivo: a morte de um miliciano. Já em São Paulo, o ódio, por meio do bullying e da homofobia, venceu mais uma vez. Um jovem entrou com a arma do pai em uma escola, matou outra aluna e feriu outros três. Já em Jaboatão dos Guararapes (PE), um juiz foi executado porque ajudou no combate ao crime.
Nem de longe é prazeroso falar sobre isso. Mas, a violência ganhou contornos assustadores. Não há qualquer argumento plausível para justificar mortes ou levar medo a quem não tem a ver com isso. Ou sequer tem idade para compreender. A desigualdade social é gigante, temos a incoerência do desperdício de alimentos e a fome coexistindo no planeta. E há entranhas culturais – racismo, homofobia, preconceitos gerais por termos crenças, tipos de cabelo, tons de pele, gêneros diferentes. Isso tudo mata.
Na contramão, há um Terceiro Setor, que complementa o que o Primeiro (Poder Público) e o Segundo (iniciativa privada) Setores não conseguem cobrir. Mas, ainda há um caminho imenso a ser percorrido. Sobretudo, o de gerar mais visibilidade. Não há escassez de recursos, ao contrário da percepção, em geral. Na verdade, há desinformação. Ontem, durante o Fórum de Voluntariado e o Prêmio VOL, em Belo Horizonte, Roberto Ravagnani e convidados mostraram que cada um de nós pode doar, na hora de declarar imposto de renda, para causas. Nada se fala sobre isso.
Um dos projetos discutidos durante o fórum foi o Direito na Escola. Iniciativa de advogados voluntários de Belo Horizonte, ganhou o respaldo da OAB-MG e hoje cobre mais de 70 municípios mineiros e já abre portas a outros estados. São aulas para os ensinos fundamental e médio sobre os direitos e os deveres dos cidadãos – direitos humanos, o que é crime, o que é bullying e cyberbullying, como é que se analisa um contrato de trabalho. Um dos resultados mais importantes é a conscientização da garotada. Só de imaginar que menos meninas e meninas passaram a se ofender por conta de diferenças já é um avanço.
Em terra banhada pelo ódio, quem faz a diferença deveria ser rei.