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O que me cerca

Jantei salada de abacate com ovo cozido. Não odeio ninguém.

(enchi o abacate de pimenta do reino. meu deus, ques delicás! como diz a fia duma amiga)

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Tudo bem, odeio, sim. Tem gente que eu odeio.

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A ausência de D deixou um buraco na minha vida que não tento preencher com nada. É só 2022, um dia depois do outro. Vou fazer o que tenho de fazer, mas preciso de coragem. Mais uns dias.

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Outra mentira: tenho dormido mais, muito mais. Botei o sono no seu lugar. Durmo muito e sonho demais. Meu inconsciente é uma arma branca. Deveria ser registrado na polícia.

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A área de serviço está quase em ordem. Coloquei umas suqueiras antigas (dum outra vida, realmente), para sabão líquido, amaciante e desinfetante e ficou quase bom. E caixas para esponjas e coisas assim. Claro, tudo terá de ser retirado de lá nalgum dia desse confuso semestre, as paredes raspadas e pintadas etc. Está ficando bom.

A sala só não está mais bonita e arrumada porque eu sou a mais lerda das lerdas. Mas está indo bem e ficando bonita de novo. A cozinha, a mesma coisa.

Vivo esse dilema terrível que é ser bagunceira e lerda e, ao mesmo tempo, ter problemas para me concentrar num lugar que não está arrumado e bonito. Preciso que a beleza que não possuo resida no que me cerca. Acontece que eu tinha de ser uma dona de casa mil vezes melhor do que sou.

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Encomendei atum e seja o que Deus quiser. Atum de lata, sem condições.

Semana próxima, alguma receita com atum.

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Você se lembra, Diarinho quando achei que ia ter grana pro colchão novo só em março? HAHAHAHAHA. Burrona.

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Fiz um lindo sanduiche de queijo gorgonzola e geleia de goiaba e rúcula. Deixei de fotografar, não fui formada pressa vida instragramável e isso, de certa maneira, é péssimo. Tava tão lindo o meu sanduba.

2 comentários em “O que me cerca”

  1. O meu afilhado diz Alecas (e não Alexa) e isso faz o mundo ser suportável por algumas horas.
    A presença da ausência ocupa um espaço enorme.
    Aqui não tem nada no lugar, mas a pia está limpinha e fiz uma sopa tão gostosa (infelizmente irrepetível) que dá vontade de chorar (ainda bem que fiz um balde, dá para jantar todos os dias da semana que vai começar)
    Fiquei me tremendo de vontade lembrando do prego de atum no bolo de caco – e com o peito apertado achando que nunca mais
    ainda não comprei o colchão e acho que não será neste semestre
    Desejei seu sanduíche

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