por Andréa Pontes
A frase do dia é ‘o que não tem remédio, remediado está’ (Foto A. P.)
Furdunço é pouco para definir o noticiário. Mas, organizemos a bagunça para entender um pouco. Afinal, não basta ouvir falar, é preciso entender do que se trata.
Na Economia, sem dúvida, o anúncio do Governo em investir na indústria, com novas diretrizes de investimento, o destaque da semana. O cenário industrial demanda por isso. De acordo com o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a indústria representa 26,3% do PIB – Produto Interno Bruto. No entanto, essa participação vem caindo ao longo dos anos. É até natural, que diante da concorrência global, e, à medida que a economia avança, uma ligeira queda. Mas, nosso País não vem se recuperando de sucessivos tombos nesse setor desde 2015.
Era preciso fazer algo. E esse, para a Federação das Indústrias de São Paulo, a Fiesp, é um primeiro passo estratégico. O Governo vai financiar projetos industriais com investimento da ordem de R$ 300 bilhões. As principais áreas beneficiadas serão agroindústria, saúde, infraestrutura, saneamento, mobilidade, saúde, defesa e tecnologia. Os analistas fazem críticas, pois entendem que o Governo financiar pode não dar muito certo, afinal, já houve tentativas similares. Há os que alegam que é preciso também modernizar o parque tecnológico. Porém, é unânime: o Governo deu um passo importante, necessário.
Enquanto isso, o prefeito Eduardo Paes, no Rio de Janeiro, quer acabar com a feira de Acari. Conhecida por ‘robauto’, funciona há 40 anos pelas mãos do crime organizado. Ousado. A ver.
Finalmente, após anos, a Polícia Federal está chegando – se já não chegou – na conclusão das investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista dela, Anderson Gomes. Entre informações que vazam – normal nesses casos – uma óbvia conclusão de que Marielle representava o que o crime não gosta – coragem.
Temos uma novela incrível – Renascer – e o BBB – o Big Brother Brasil. Novela, reality. Muitos torcem o nariz, mas é por meio desses programas que vemos o Brasil e o Brasil se vê. Discussões sobre como tratamos a Terra, sobre as relações familiares no Brasil, infelizmente com incesto e abusos, tema árido e difícil para centenas de mulheres e meninas. Um Brasil que ainda resolve muita coisa na bala. E, em 2024, ainda temos homens falando de corpos das mulheres.
Um espelhamento que Nelson Rodrigues trataria como óbvio. Mas que nos choca todas as noites, no horário nobre.